A lógica de Deus - Ezequiel Farias*.
“Porque, assim como os céus são mais altos do
que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e
os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” Isaías 55:9.
Algumas correntes
agnósticas têm surgido nestes últimos séculos e utilizado de muitos argumentos
meramente filosóficos para definir Deus e suas ações sobre o Universo. No
entanto, não há meios humanos para tais definições, exceto pela compreensão de
quatro aspectos revelados nas Escrituras: o primeiro são o Ser e os atributos de Deus; o segundo é a essência da natureza humana; o terceiro é a magnitude corruptora do pecado; e o quarto é a misericórdia de Deus como única fonte de todo o bem expresso tanto
pela natureza como pelo ser humano. Afinal:
·
Seria
lógico ignorarmos um conjunto de livros escritos ao longo de milênios e, não
obstante, harmoniosos em seus princípios e doutrinas, cridos por bilhões de
pessoas ao longo desse tempo como Palavra de Deus?
·
Seria
lógico ignorarmos seu conteúdo escrito por 40 homens acerca de leis e doutrinas
contrárias à vontade e o senso comum da humanidade, provando, assim, serem
revelações divinas e não um conjunto de conjeturas humanas?
·
Seria
lógico procurarmos conhecer e compreender Deus pela ótica humana, ignorando
revelações que antecedem descobertas em tantas áreas do conhecimento humano
como Antropologia, Psicologia, Astronomia, Geografia, Meteorologia, Engenharia,
Física e Química, entre outras?
·
Seria
lógico considerarmos tão-somente os atributos que combinam com o nosso próprio
conceito de Deus, ignorando tantos outros que o próprio Deus nos revela?
Ø
O
governo de Deus sobre o Universo – particularmente sobre a Terra – é o
cumprimento de seus propósitos eternos. Neste Governo encontramos o exercício
do Seu poder, amor, misericórdia, paciência, sabedoria e justiça.
Ø Leis, teorias e descobertas em
várias áreas da Ciência têm corroborado com o conceito bíblico de uma Criação
de todas as coisas. São o que sugerem a Lei da Conservação da Energia e a Lei
da Deterioração da Energia;
a teoria da Biogênese; a teoria da Física Quântica (ao afirmar que a formação da
matéria não é resultado do que é aparente); o cálculo da intensidade do magnetismo da Terra
em relação ao tempo de sua existência; a relação entre a redução do diâmetro do
Sol, sua intensidade de radiação sobre a Terra e seu tempo de existência; entre
outras. Aliás, o fato de uma Criação
e não Evolução é testemunhado pela
própria humanidade quando da deterioração ou envelhecimento de todas as coisas
que existem, quer na Terra ou fora dela! E, afinal, em qual dos milagres ou
prodígios por Deus operados houve a necessidade de um tempo astronômico para
realizá-los?
Ø
Ao
criar a Terra e por nela o homem este veio a transgredir a primeira ordem
divina, dando origem ao que a Bíblia denomina de pecado. Este ocasionou malefícios em toda a Criação (“maldita é a terra por tua causa”), mas, sobretudo
no ser humano, que adquiriu uma natureza de todo corrompida: “Porque
de dentro do homem é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos,
os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a
inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora todos estes males vêm de dentro
e contaminam o homem” (Jesus).
Imediatamente a esse fato Deus proveu toda a sua Criação com a sua misericórdia
de modo que ela não viesse a se corromper completamente: “O Senhor é bom para com todos, e as suas ternas misericórdias permeiam
todas as suas obras” (Davi). Daí a existência da maldade e da bondade; do
prazer e dos infortúnios; das belezas naturais e da deterioração de todas as
coisas; das fontes salutares e fontes molestas.
Ø
As
Escrituras nos fazem entender que, se tentados nas mesmas condições de Adão,
qualquer dos homens cometeriam a mesma transgressão original, mais cedo ou mais
tarde. As razões são certas predisposições existentes já no primeiro homem (Havia a possibilidade da Queda - Nota do editor): “a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida” (João); o que nas palavras de Genesis
encontramos: “Vendo a mulher que a árvore
era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável
para dar entendimento...” (Moisés) (destaques meus). Por isso da
conseqüente sentença a toda descendência de Adão, inclusive sobre aqueles que
(ainda) não desenvolveram as suas faculdades mentais, uma vez que se trata
apenas de uma questão de tempo e oportunidade para externarem o que lhes são
nato: “Portanto, assim como por um só
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Paulo).
Ø
Para
Deus, portanto, não há a distinção entre homens inocentes e culpados, pois
todos já nascem culpados em função de sua condição de pecador: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção.
Nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Tem peçonha semelhante à
peçonha da serpente. São como a víbora surda, que tapa os ouvidos, para na
ouvir a voz dos encantadores, do mais fascinante em encantamentos” (Davi).
Ø
Isto
significa que Deus é livre e, portanto, Justo ao usar de misericórdia ou não sobre
qualquer dos homens, seja qual for a situação a que estão ou venham a estar
sujeitos. As Escrituras nada dizem quanto ao critério que Deus usou para dispor
venturas ou desventuras sobre os homens. O fato é que Ele assim o faz segundo o
conselho de Sua vontade: “Vede, agora,
que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço
viver; eu firo e eu saro”; “Quem fez
a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não
sou eu, o SENHOR?” (Moisés)
Ø
Todavia,
o que se aclara aos nossos olhos é que a causa primeira de todos os infortúnios
desta vida foi e é o pecado (transgressão da Lei Moral) que, obviamente,
somente poderia ser expiado por um Ser perfeito, de modo a satisfazer a Justiça
do Deus perfeito: “Ninguém jamais viu a
Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João).
E por isso o Deus-Pai enviar o Deus-Filho, cujas obras Lhe seriam as únicas
capazes de atender tamanha exigência: “Aquele
que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos
feitos justiça de Deus” (Paulo)
Ø
O
que resta ao homem em tal situação senão a procura urgente pelo que Jesus
denominou de Novo Nascimento (ou regeneração)? “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é
espírito. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem nem
para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jesus); “Os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João). Esta é a
ação do Espírito de Deus que vivifica o homem pelo Evangelho, dado a sua
incapacidade de escolher ou decidir por Deus, visto nascer morto
espiritualmente em razão do pecado: “Ele
vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Paulo); “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica
os mortos, assim também o filho vivifica aqueles a quem quer” (Jesus).
Ø
É
por tudo isto que a idéia de reencarnação com o fim de evolução espiritual não
encontra respaldo nas Escrituras. Na verdade, tal idéia também não encontra
respaldo na observação de certos fatos da vida. Ora, se houvessem vidas
passadas que reencarnasse com o fim a que propõe a doutrina kardecista,
perceber-se-ia desde a mais tenra idade pessoas destacadas de outras de modo
assombroso, uma vez que teriam espiritualmente evoluído de outras vidas. Mas, o
que a realidade mostra é que todas elas sejam ricas ou pobres, pretas ou
brancas, saudáveis ou não, nascem com a mesma tendência para a desobediência,
na luta (ainda inconsciente) de fazerem o que agrada a si próprias,
necessitando serem disciplinadas e ensinadas – como ensina a Bíblia há milênios:
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas
a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe (Salomão)” – a fim
de se tornarem pessoas educadas, civilizadas.
Por
tudo isto a lógica da Reencarnação não se harmoniza com a lógica de Deus!
* O autor é diácono da Primeira Igreja Batista Reformada em Caruaru.
Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!
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Caros amigos, como o propósito do blog é mostrar o que a Bíblia ensina para a nossa edificação espiritual, e não fomentar polêmicas, que tendem a ofensas e discussões infrutíferas, não publicarei comentários deste teor, tão pouco comentários com linguagem desrespeitosa. Grato pela compreensão.