A loucura do mundo sem Deus (Vídeo, áudio e texto)* - Manoel Coelho Jr.
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“Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” Gn 3: 4,5.
I – INTRODUÇÃO:
Há no coração dos homens um
anseio muito grande por felicidade. Também há um desejo que as coisas em volta
se tornem mais promissoras. Creio que todos desejariam um “mundo melhor”.
Desejariam um mundo com menos violência e maldade. No entanto por natureza os homens
não buscam tais coisas na verdadeira fonte, mas creem que as podem alcançar por
seus próprios recursos. Na verdade os homens têm acreditado na proposta da serpente
de que há felicidade e um mundo melhor longe de Deus. Com este pensamento estão
convencidos que no final das contas Deus é um empecilho para o caminho da
felicidade. Neste breve texto desejo avaliar esta situação levando-o a pensar
no que tem crido e em como têm vivido. Você acredita que pode ser feliz longe
de Deus? Você crê que podemos melhorar o mundo por nosso próprio braço? Você
crê que Deus e seus mandamentos são um empecilho para a verdadeira felicidade?
O fato é que de maneira declarada ou sutil os homens têm respondido esta
pergunta com um convicto sim. Possivelmente você mesmo tem respondido dessa
forma, mesmo que de início o negue. No
entanto meu propósito é demostrar que isso é fruto de profunda ilusão. Quero
mostrar-lhe que só é possível ser feliz dentro da realidade e razão, o que
apenas se encontra em Deus, pois fora dele temos tão somente irrealidade e
loucura.
I – O MUNDO DE DEUS.
“No princípio, criou Deus os céus
e a terra.” Gn 1:1.
A Bíblia mostra que o mundo de
Deus é um mundo real. As coisas são assim porque o ensino bíblico é que Deus é
o Criador de absolutamente todas as coisas. Assim houve um “tempo” em que só
existia Deus. Mas aprouve ao Senhor criar tudo de maneira que nós temos um
Criador e as suas criaturas. Evidentemente este Criador é o Único Deus e os
demais seres não passam de criaturas que devem expressar a glória Daquele que
os fez. Esta, podemos dizer, é a realidade primordial da qual todas as demais
dependem. Note então: No mundo em que Adão e Eva viveram antes do pecado, Deus
é o Criador, Único Deus, e os demais seres não são deuses, mas criaturas. Evidentemente
que isso é real, pois corresponde aos fatos.
Outro ponto importante é que o
mundo de Deus é completamente racional, visto que nele não há ilusão, mas ênfase
no real. No mundo de Deus se vê o que é e não o que não é. Quando lemos Gênesis
1 e 2 notamos que Adão e Eva viviam conscientes
da realidade. Eles viam que Deus é o Criador e eles e as demais coisas eram
criaturas. Assim, eles viviam para obedecer e adorar ao Único e Verdadeiro Deus,
e nunca se dobravam a nenhuma criatura como se esta fosse Deus. Esta é a
essência da racionalidade: Ver o Criador como Deus e a criatura como criatura.
III – O MUNDO DO PECADO.
“Então, a serpente disse à mulher:
É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se
vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.”
Gn 3: 4,5.
O mundo do pecado é o mundo
proposto pela serpente, que é o diabo. Neste mundo da serpente Deus é visto
como um empecilho para a felicidade. Assim a proposta é que Deus seja posto
para fora, que Adão e Eva se livrem Dele, deixem de servi-lo, deixem, enfim, de
considerá-lo como Deus. Naturalmente isso desembocaria no que o apóstolo Paulo
expressou com as seguintes palavras:
“pois eles mudaram a verdade de
Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é
bendito eternamente. Amém!” Rm 1: 25.
No mundo da serpente Deus deixa
de ser Deus e a criatura assume seu lugar. Sim, a criatura passa a ser “deus”.
Isso nos leva a afirmar que o mundo da serpente tem duas características opostas
ao mundo de Deus. Vejamos:
A – O mundo da serpente é irreal. É assim porque ao considerar Deus
como “não Deus” e a criatura como “deus” o mundo da serpente leva a ilusão,
pois Deus vai continuar sendo Deus e a criatura vai continuar sendo criatura.
Você percebe?
B – O mundo da serpente é irracional. É assim porque não considera
as coisas como de fato são. O mundo da serpente diz que o que é, não é, e o que
não é, esse sim, é. É lógico que se trata de loucura. Lembro-me que na minha adolescência
havia um homem doente mental que próximo ao meu colégio andava como que
segurando um guidom em meio aos carros numa avenida movimentada do centro. Os
carros tinha que se desviar dele para não atropelá-lo. O pobre homem estava
fora da realidade, pois sua razão não funcionava perfeitamente. Exatamente essa
é a proposta do mundo da serpente. Ela foge da realidade de que Deus é Deus e
que a criatura não é divina. Evidentemente este mundo é um mundo imaginário,
louco, irracional.
IV – A SEDUÇÃO DA SERPENTE.
“Mas a serpente, mais sagaz que
todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É
assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?”. Gn 3:1.
“Vendo a mulher que a árvore era
boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar
entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”
Gn 3: 6.
É incrível que Eva tenha
acreditado na serpente apesar de que toda a sua proposta contradizia o que
estava diante de seus olhos. Eva via o mundo de Deus. Via que Deus é Bom. Via
que Deus é Deus e que criatura é criatura. Mas mesmo assim preferiu acreditar
na serpente. Por quê? É que a conversa da serpente era muito ardilosa. É a conversa
do pecado, que faz parecer muito atrativa a sua proposta. A árvore parecia tão boa
para dar entendimento. Por que não experimentar? O fato é que o pecado cria “razões”
que na verdade são falsas. Mas estas razões seduzem e levam os homens a pecar.
Isso está no coração de cada pecador. Veja:
“Há no coração do ímpio a voz da
transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos. Porque a transgressão
o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniqüidade não há de ser
descoberta, nem detestada. As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou
o discernimento e a prática do bem.” Sl 36: 1-3.
Infelizmente desde Adão e Eva
para cá cada homem tem sido seduzido pela serpente e assim se apegam ao mundo
irreal e irracional se afastando da realidade e racionalidade. Eles vivem
servindo a criatura como se esta fosse Deus. E quanto a Deus, eles o desprezam.
Tais pessoas creem piamente que agindo assim poderão ser felizes, e quem sabe
poderão até construir um “mundo melhor”. A irracionalidade invadiu a sociedade
humana de forma que se tem crido que Deus não é Deus e que nós podemos ser deuses.
Há uma crença louca que vê os mandamentos de Deus como escravizadores levando os
homens a dizer: “Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas” Sl
2:3. Mas louvado seja Deus que em sua Bondade Ele quis salvar um Povo,
curando-o desta loucura.
V – A LIBERTAÇÃO DA LOUCURA.
“Não acumuleis para vós outros
tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões
escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem
ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o
teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mt 6: 19-21.
“buscai, pois, em primeiro lugar,
o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Mt 6:33.
O chamado de Cristo é para a realidade
e consequentemente para a racionalidade. Servir ao Senhor buscando seu Reino é
o que importa. Acumular tesouros eternos é o que vale. Mas viver servindo a
ídolos é apegar-se ao que não tem importância, e acumular tesouros neste mundo
é juntar o sem valor. Eis um convite à realidade e racionalidade. Se Deus é Deus,
eis que devo servi-lo como tal. Se Ele é Deus, devo buscar ser rico Nele que é Eterno
e não nos ídolos que passam. Em tudo isso sou chamado a reconhecer a realidade
e a agir correspondentemente a isto de forma racional. Não fazer isso é crer na
irrealidade é viver como louco. Paulo demostrou que isso só acontece na
conversão. Veja:
“Mas o que, para mim, era lucro,
isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como
perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;
por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar
a Cristo” Fp 3:7,8.
Paulo fez uma avaliação e
constatou que vivia num mundo irreal e irracional. Era o mundo do pecado, que
desprezava a Deus e a Cristo colocando coisas sem valor no lugar. Mas então ele
viu, constatou a realidade, vindo assim a deixar tudo por Cristo. Na conversão
o homem vê a sublimidade e glória do verdadeiro Deus e a falsidade de seus ídolos,
voltando-se dessa forma dos ídolos para Deus. Evidentemente isso só é possível
em Cristo, que é a Verdade, o Verbo de Deus (Jo 1:14-18 e Jo 14:6), e pela obra
iluminadora do Espírito Santo, que o liberta da cegueira do pecado (Jo 16:13).
Mas a coisa não para aí. Paulo diz adiante:
“Não que eu o tenha já recebido ou
tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que
também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo
havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás
ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos
perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo,
também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já
alcançamos.” Fp 3:12-16.
Há o que podemos chamar de
crescimento na constatação da realidade e o consequente aumento de uma visão
racional da vida. À medida que um homem conhece a Deus em Cristo ele se conscientiza
de que Deus é Deus e criatura é criatura. Isso também o cura de forma cada vez
mais significativa de toda a irracionalidade do pecado. O que quero dizer é que
este homem vai se tornando cada vez mais lúcido. Ele entende cada vez melhor como
de fato são as coisas. Por isso que em outra parte Paulo se expressa assim: “Certamente,
a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos
salvos, poder de Deus.” I Co 1:18. O que parece loucura a uns é poder
para outros. É que o primeiro grupo está ainda no poder sedutor do pecado, e o
segundo já foi liberto e pode ver as coisas como realmente são. Isso se torna cada
vez mais efetivo à medida que o homem conhece a Deus em Cristo.
Isso tudo me leva a perguntar-lhe
sobre a sua situação, meu leitor. Você já está no mundo de Deus ou ainda se
encontra seduzido pelo mundo da serpente? Você está na realidade ou na
irrealidade? Você vive de forma racional ou irracional? No seu coração, em sua
mente, em seus desejos e práticas Deus é Deus ou você possui um ídolo? Você
serve ao Criador ou a criatura? Você crê que Deus é a fonte de sua felicidade
ou é um empecilho para a mesma? Crê que pode construir um “mundo melhor”
independente de Deus ou que o mundo real é o mundo onde Deus é Deus? Você ama
os mandamentos de Deus ou os vê como grilhões dos quais quer a libertação? Você já conhece a Deus em Cristo? Como Paulo,
você já compreendeu que tudo é sem valor quando comparado com Cristo ou para
você Deus em Cristo valem muito pouco? Que estas questões ocupem sua profunda
meditação e que Deus lhe ilumine. Como último conselho quero exortá-lo a não se
deixar levar pela sedução da serpente. Busque o Reino de Deus como sua
prioridade. Clame a Deus por graça e iluminação. Peça-lhe libertação da
cegueira do pecado. Faça mais: Leia sua Bíblia todos os dias em oração e vá
ouvir um pregador fiel que lhe explique as Escrituras. Oh amigo, busque a
realidade, busque a racionalidade, busque o mundo de Deus, busque a Deus,
busque a Cristo. Que Deus lhe seja gracioso!
VI – CONCLUSÃO:
O Criador é o único Deus. Todos
os outros seres são criaturas. Ser feliz é crer e viver nesta realidade e de
fato trabalhar e esperar um mundo melhor, ou seja, o mundo onde Deus é Deus, o
que o correrá concretamente na volta de Cristo.
Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!
*Pregação da noite de domingo, 18 de agosto de 2013, na Congregação Batista Reformada em Belém.
Para os livros do blog clique aqui.
Leitura recomendada:
*Pregação da noite de domingo, 18 de agosto de 2013, na Congregação Batista Reformada em Belém.
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