O pequeno príncipe expôs a grande hipocrisia! - Josemar Bessa*.

Vivemos numa sociedade que ao mesmo tempo em que fala muito sobre direitos humanos... leva essa agenda só até o ponto em que os desejos e interesses humanos não são incomodados de fato... As mesmas pessoas que defendem a vida, o direito dos mais frágeis, falam da violência, defendem a ecologia... defendem abertamente o aborto, por exemplo.

Poucos dias atrás vimos uma cobertura mundial enorme na mídia porque o príncipe William e Kate Moddleton estavam esperando o nascimento do seu filho para qualquer momento – o que acabou acontecendo no dia 22 de Julho no St Mary's Hospital, em Londres.

O menino é o herdeiro do trono, e o tempo todo foi tratado pela mídia mundial como o “Bebê real” – Por que isso é estranho? Porque ele foi retratado assim estando no ventre de sua mãe. Mas tanto a mídia mundial, como médicos, grupos de interesse... que defendem o aborto - seguindo sua agenda contra todo o senso comum, santidade da vida... usam a estratégia de usar palavras, eufemismos... para esconder quão hediondo é matar um ser humano. Por exemplo, deixe eu ilustrar isso com uma história acontecida pouco tempo atrás. Um futuro pai contou:

“Minha esposa está grávida de cinco meses. No mês passado fui com ela para um ultra-som para ver o bebê e os médicos se certificarem de que tudo estava progredindo bem. Já tínhamos feito três antes e todas as vezes foram animadoras. A medida que o médico fazia o ultra-som, ele dizia – “vê aqui o pé do seu filho? Está venda as mãos do seu filho...”
Durante o procedimento ele disse e se referiu uma 50 vezes ao “meu filho”... “a mão do seu filho”, o “coração do seu filho...”

Mas então algo mudou.

Outro médico foi chamado a sala e por cinco minutos ele olhou para o coração do bebê (meu filho). A sala estava completamente silenciosa. Então ele começou a dizer que havia um tumor no coração do nosso filho e começou a descorrer sobre todos os cenários possíveis...

Em seguida o médico disse: “Se o feto for anormal, vocês tem a opção de interromper a gestação do feto”. A ligeira mudança no texto conta toda história. Eu estava em choque para respondê-lo. Mas logo me dei conta do que ele havia feito. A criança que minha esposa estava carregando em seu ventre só era uma criança se nós quiséssemos mantê-lo, como se isso fosse nossa escolha. No entanto, se não quiséssemos o bebê, ele era apenas um feto. Agora já não era mais a “mão do seu filho”, o “pezinho do seu filho”, o “coração do seu filho...” – Era apenas um feto que podia ser descartado.

Três semanas mais tarde veio outro ultra-som. O que parecia ser uma anomalia no coração, não era um tumor, mas uma variante normal. Aos olhos do médico nosso filho era um bebê novamente. Aos nossos olhos nada havia mudado, ele sempre foi o bebê, uma criança, nosso filho.”

O eufemismo na mudança de bebê, filho... para feto, não havia mudado nada, mas escondia a hipocrisia sórdida de quando queremos justificar o injustificável. Devemos sempre estar atentos, em todos os assuntos e em todos os casos, com os discursos de um mundo alienado de Deus que tentam encontrar anestésicos para entorpecer a consciência.

Voltando ao nascimento do príncipe – Vimos os grandes jornais do mundo mostrando a hipocrisia dos eufemismos que usam. Os dois argumentos mais comuns na agenda da defesa do aborto é que o ser no útero não tem personalidade distinta quando no corpo da mão – que meramente é parte do corpo da mulher – todos veem em protestos e passeatas - das “vadias”, por exemplo – slogans dizendo que a mulher tem direito de fazer o que quiser como o seu corpo, como se o ser humano ali fosse apenas isso, como uma unha... como algo do corpo que possa ser descartado. Toda a mídia puxando a agenda diz que o que está no corpo da mulher é um feto e não uma pessoa. Ou seja, se o feto nasce, ele está fora do útero e é relativamente independente da mãe. Se o feto é apenas feto – dizem – está dentro do útero, então faz parte do corpo da mãe, e, portanto, depende da mãe – e por isso – está sujeito a suas decisões... viver ou morrer.

Por causa disso, algo que praticamente foi consagrado como lei de imprensa no mundo é que os seres pré-nascidos devem ser chamados de fetos e só pós-parto devem ser chamados bebês – pelo motivo óbvio de que se a mulher quiser interromper a gravidez, ficaria pesado dizer que um bebê foi morto – fica menos grotesco dizer que a gravidez foi interrompida, ou seja, um feto foi descartado. Então sempre que tratam de aborto, a palavra que usam é feto. Apenas um eufemismo escondendo a profunda hipocrisia da mídia, de grupos de interesses mundiais e de nossa cultura.

Fetos, ao que parece, são essencialmente sub-humanos. A ideia é construir algo impessoal para fingirmos que uma pessoa não foi morta, assassinada. Então é sub-humano – tratado apenas como um “aglomerado de células”. Nos meios de comunicação mundiais, não são tratados como seres humanos enquanto unidos ao corpo da mulher, no útero.

Mas estranhamente a mídia mundial esqueceu suas técnicas na empolgação do nascimento do herdeiro do trono britânico. Os principais jornais e meios de comunicação do mundo se referiam não ao feto de William e Kate, mas ao “bebê real.” Agora não era apenas um aglomerado de células sendo aguardado para vir a ser um ser humano... Não! - Era o futuro rei, o filho, o herdeiro... Não era apenas um feto... era o filho do príncipe William... não era apenas um apêndice do corpo de Kate. Hoje nós sabemos até o nome do pequeno príncipe - George Alexander Louis.

Como todos os bebês no útero – nos meses anteriores a Kate dar a luz ao herdeiro real, ali estava uma pessoa, e todos nós sabemos disso. Um filho no ventre depende muito da mãe – mas dependência não desumaniza. Durante muito tempo o pequeno George vai ser totalmente dependente de William e Kate... e se a dependência faz de alguém um mero aglomerado de células, se o padrão de personalidade é a independência sem ajuda e suporte, o casal real não tem um filho mesmo agora. Eles ainda teriam um mero aglomerado de células. Só um ser humano adulto poderia escapar dessa definição. Nem independência e nem localização é o que nos faz seres humanos. Independência e localização (no útero ou no berço) não são as marcas distintas que nos fazem uma pessoa.

O nascimento do príncipe expôs toda a hipocrisia da mídia e de nosso cultura. Devemos ter cuidado quando nós mesmos nos sentimos tentados a usar eufemismos para esconder a escuridão de nossos corações. Com o eufemismo (na história que vimos um pai contando sobre a mudança de termos usado por um médico) - o médico estava se auto-convencendo de que era um homem correto, bom... quando estava propondo assassinar uma criança por achar que ela tinha uma doença, rebaixando imediatamente o bebê, o filho... a um mero feto que podia ser descartado.

O Pecado trabalha o tempo todo assim. Fique atento a todas as áreas de sua vida.


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