Suplique, clame em vez de decretar! (Texto, vídeo e áudio)* – Manoel Coelho Jr.



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Por ti, SENHOR, clamei, ao Senhor implorei.

Salmo 30: 8.

Hoje é comum vermos cristãos em oração fazerem uso das seguintes expressões: “Eu determino, eu decreto, eu declaro, eu profetizo”. Se este é o seu caso gostaria de lhe dizer que está seguindo um grave erro. Este costume não tem base nas Escrituras, mas ao longo dos anos foi implantado na mente do povo por falsos pregadores, especialmente os que seguem a terrível “Teologia da Prosperidade”. Estes falsos mestres pregam um evangelho deturpado onde Deus não é mais o Soberano Senhor, mas tão somente um ser Poderosíssimo que simplesmente existe para satisfazer os desejos dos homens, estes sim soberanos. Este é o Falso Evangelho Antropocêntrico, não Teocêntrico. Neste caso, na prática, o homem é o centro e Deus um mero empregado deste homem. Por isso se usa expressões como “eu decreto”, em vez de “eu suplico”. No entanto a Bíblia mostra de capa a capa que quem decreta é Deus, somente Deus, e o homem está em suas mãos.


Observe:

Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas. Destilai, ó céus, dessas alturas, e as nuvens chovam justiça; abra-se a terra e produza a salvação, e juntamente com ela brote a justiça; eu, o SENHOR, as criei. Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça. Ai daquele que diz ao pai: Por que geras? E à mulher: Por que dás à luz? Assim diz o SENHOR, o Santo de Israel, aquele que o formou: Quereis, acaso, saber as coisas futuras? Quereis dar ordens acerca de meus filhos e acerca das obras de minhas mãos? Eu fiz a terra e criei nela o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.

Isaías 45: 5-12.

O meu irmão em Cristo, Felipe Dias, publicou há pouco tempo um pequeno texto muito esclarecedor sobre o assunto. Diz ele:

Não declare, decrete ou profetize vitórias ou bênçãos.

I) Declaração só a Palavra revelada;

II) Decretos só pertencem ao Senhor;

III) Profecias somente se o Senhor ordenar.

Vitórias ou bênçãos nós pedimos e se for da vontade do Senhor Ele nos concederá.

Amém.”.

Felipe Dias.

Esse é o caminho. Essa é a verdadeira oração. A Bíblia recomenda nós pedirmos, suplicarmos em oração, e não decretarmos. A oração que decreta é antibíblica, nascida na mente de falsos profetas. Na verdade nem oração é, mas uma afronta ao Deus Soberano. A oração Bíblica é daquele que se achega a Deus em Cristo de forma humilde para lhe suplicar.

Observemos o que a Bíblia mostra sobre oração:

1 – Abraão se humilhou em oração:

“Disse mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza. Na hipótese de faltarem cinco para cinqüenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Ele respondeu: Não a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco.”

Gênesis 18: 27.28.

2 – Isaque orou pacientemente por vinte anos. Veja:

“era Isaque de quarenta anos, quando tomou por esposa a Rebeca, filha de Betuel, o arameu de Padã-Arã, e irmã de Labão, o arameu. Isaque orou ao SENHOR por sua mulher, porque ela era estéril; e o SENHOR lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu... Depois, nasceu o irmão; segurava com a mão o calcanhar de Esaú; por isso, lhe chamaram Jacó. Era Isaque de sessenta anos, quando Rebeca lhos deu à luz.”

Gênesis 25: 21, 26.

3 – Davi suplicava humildemente por misericórdia:

“Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura ferir-me; e me oprime pelejando todo o dia.”

Salmo 56:1.

4 – Jó ao perder tudo humildemente louvou a Deus, em vez de decretar que tivesse tudo de volta:

“Também este falava ainda quando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa do irmão primogênito, eis que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles, e morreram; só eu escapei, para trazer-te a nova. Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.”

Jó 1: 18-22.

“Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se. Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”

Jó 2: 8-10.

5 – Cristo disse para pedirmos e não para decretarmos:

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”

Mateus 7:7.

“Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.”

João 16: 24.

6 – Cristo mesmo se mostrou submisso ao orar:

“Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”

Mateus 26: 39.

7 – Paulo exortou a pedirmos, suplicarmos com ações de graças, e não a decretarmos:

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.”
Filipenses 4: 6.

8 – Paulo mesmo suplicou, pediu, mas não foi atendido para que não se orgulhasse:

“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”

II Coríntios 12: 7-10.

Qual a conclusão de tudo isso?

Resposta:


A Bíblia apresenta a oração diante das necessidades como uma súplica humilde ao Deus Soberano, e em Cristo. Isso é totalmente coerente, pois Ele é Deus é nós somos homens. Mas os falsos mestres tem ensinado o povo a “decretar”, a “determinar”. Isso é antibíblico e incoerente, pois na prática, mesmo que os falsos mestres o neguem, coloca o homem acima de Deus. Isso é arrogante afronta ao Deus Soberano. Oh amigo, se você tem feito isso abandone-o imediatamente e passe a orar de forma bíblica. Ouça as Escrituras e não os falsos mestres. Isso você fará se de fato é um genuíno crente em Cristo.

Pode ser livremente copiado, distribuído, e traduzido para outro idioma, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado.

*Estudo da noite de Quarta, dia 07 de Janeiro de 2015, na Congregação Batista Reformada em Belém.


Leitura recomendada:



















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