Planejando a morte de Cristo – João 11:47-57 - Texto áudio e vídeo - Manoel Coelho Jr.



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I – INTRODUÇÃO:

Os fatos narrados neste texto são consequência natural dos anteriores. Visto que os incrédulos foram procurar os fariseus para relatarem o que Cristo fazia, os inimigos se reúnem para decidir o que fazer para resolver de uma vez por todas o problema, que para eles era o próprio Cristo. A decisão amplamente apoiada foi a favorável a morte de Cristo. Mas não devemos achar que este é um caso isolado. Não devemos pensar que isto em nada se relaciona conosco. Não devemos pensar que estas pessoas são muito más, o que difere de nós que somos boas pessoas, pois jamais mataríamos a Cristo. Quem pensa assim está muito enganado. Na verdade cada homem e mulher está ou já esteve do lado dos assassinos de Cristo, no sentido de que ama ao pecado e odeia a Deus. Cada homem não convertido está do lado dos inimigos de Cristo. Por outro lado, há uma obra de Deus no mundo realizada em Cristo. Cristo morreu pelo seu povo e este o ama, pois por Ele foi amado. Devemos olhar este texto com muita seriedade pensando sobre o lado em que nos encontramos. Afinal, estamos do lado do pecado ou de Cristo? Somos inimigos ou amado pelo Senhor?


II – CRISTO: O “PROBLEMA” DO PECADO: (Jo 11:47,48).

O Sinédrio foi reunido devido ao grande milagre da ressurreição de Lázaro. O Sinédrio era a autoridade maior da nação judaica. Compunha-se dos Saduceus e Fariseus. Eles estavam muito preocupados com Cristo. Cristo para eles era um problema. Eles entendiam que com os seus grandes milagres todo o povo creria Nele, o que o faria um líder, um messias político. Isso atrairia consequentemente a grave repressão por parte do Império Romano, o que poderia causar destruição da nação, resultando na dispersão dos judeus, além da destruição do Templo, que é o que eles chamam de “nosso lugar”.

Observem que estes homens não questionam os milagres de Cristo. Eles sabiam que eram autênticos. Isso deveria leva-los a concluir que Jesus era de fato o Messias prometido no Antigo Testamento. Mas eles não veem as coisas assim. Eles ficam mais preocupados com o seus privilégios como líderes da Nação Judaica. A preocupação deles é materialista e assim veem Cristo não como Aquele que é a Ressurreição e a Vida, mas como alguém que ameaça seus interesses desta vida. Para eles Cristo não era a Vida, mas a morte. Que coisa impressionante. Como estes homens chegaram a estas conclusões? Ora aconteceu com eles o que acontece com cada homem desde que Satanás iludiu Eva. A grande ilusão do pecado é se mostrar como um “grande bem”, e Deus como um problema para a manutenção deste “bem”. O pecado não é apenas o mal dos males. Ele também é o mal que se disfarça ao ponto de parecer o bem. O pecador é um iludido que guarda no coração o assassino de sua alma e despreza Aquele que pode lhe livrar desta morte, isto é, Cristo. O pecador agarra a morte e despreza a Vida Eterna.

A ironia é que o Sinédrio temia a destruição da cidade e do Templo atribuindo o perigo a Cristo, quando vários anos depois a destruição realmente aconteceu, não devido a Cristo, mas muito ao contrário, porque eles amaram a iniquidade. O pecado faz os homens pensarem errado. Cuidado! Será que você também não esta raciocinado assim? Será que você não imagina que Cristo é um perigo que pode tirar os prazeres e privilégios que você tem nesta vida, como fez o Sinédrio? Você não tem considerado o pecado valioso e Cristo perigoso? Pende, reflita!

III – A MORTE DE CRISTO: A SOLUÇÃO PARA O “PROBLEMA” DO PECADO (Jo 11: 49, 50).

Diante do problema Caifás apresenta a solução: Matemos Cristo. Definitivamente o pecado avançou levando estes homens a planejarem a destruição da ameaça. Pouco importava a inocência de Cristo. Pouco importava se de fato Ele era o Cristo ou não. Pouco importava Justiça. Mas ainda assim Caifás apresenta um motivo aparentemente nobre: Será para o bem da nação, ou: antes morrer um que muitos. Mas isso era apenas fachada. Estes homens eram ímpios e Caifás os liderava na impiedade. O que eles não queriam era perder seus privilégios, e movidos por inveja decidiram matar a Cristo (Sugiro que você leia calmamente Mt 26 e 27 para entender melhor). Amigos o pecado é oposto a Deus, e o pecador quer a morte de Deus. Deus é um problema para o que ama a iniquidade. “Ah e se não existisse um Deus Santo”... É o que diz cada pecador no mais íntimo de seu ser. Ora Cristo veio para salvar do pecado, mas aqueles homens amavam o pecado e odiavam ao Salvador, pois este mostrava que eles não passavam de religiosos hipócritas. Eles o adiavam por isso, e porque ele ameaçava a manutenção de seus privilégios religiosos mantidos por suas hipocrisias. Assim é cada pecador não arrependido, mesmo os religiosos.

Neste ponto sugiro algumas questões para nossa reflexão:

1 – O que amamos, a Deus ao pecado?

2 – Se tivéssemos que escolher agora, escolheríamos a Deus em Cristo ou a um pecado que nos traz muitos “privilégios” desta vida?

3 - Amamos a Santidade de Deus ou odiámos o fato de existir um Deus tão Santo?

4 – Queremos ser salvos do pecado por Cristo ou amamos muito ao pecado não querendo nos desvencilhar dele?

5 – Desejamos a confrontação da Palavra de Cristo ou odiamos quando ela nos mostra a iniquidade?

IV – A MORTE DE CRISTO: A VITÓRIA SOBRE O PECADO (Jo 11: 51, 52).

Deus é Soberano até sobre o pecado. Dele, do Santo, não vem o mal moral, não vem o pecado, mas ainda assim o pecado não é autônomo. Por isso Caifás, como Sumo-Sacerdote, profetizou mesmo sem saber. Sim, de fato Cristo teria que morrer, mas não para salvar a nação da forma como Caifás pensava, e nem para que Caifás e seus companheiros ímpios mantivessem seus privilégios pecaminosos. Não, não e não! Cristo deveria morrer para salvar o seu povo, isto é, a Nação, no sentido dos eleitos dentre os judeus, e os dispersos, os eleitos dentre os gentios (Leia Jo 10: 16). Assim haverá um só corpo, uma só Igreja, um só rebanho com um só pastor, Cristo Jesus. Que maravilha saber que os ímpios podem conspirar, mas Deus sempre tem a palavra final. Oh crente verdadeiro, você é a pessoa mais segura do mundo. Oh eleito você está seguro e ninguém pode impedir sua salvação, pois Cristo morreu sim, mas foi para salvar o seu povo eleito. Ao Senhor a Glória! Que nos consolemos com esta Verdade e não temamos as perseguições. Deus é o Senhor absolutamente Soberano.

V – RESOLUÇÃO DOS PECADORES E A SOBERANIA DE CRISTO (Jo 11: 53-57).

 Os inimigos resolveram efetivamente matar a Cristo. Assim passaram a executar seus planos. No entanto Cristo está no controle, e como ainda não era chegada a sua hora, parte para uma cidade isolada. O povo vai para a Páscoa e se pergunta por Ele. As autoridades querem informações para prendê-lo e evidentemente matá-lo. Mas Cristo está no controle e morrerá apenas na hora exata. E assim foi. Deus está no controle e não os ímpios. A morte de Cristo tinha que acontecer na hora exata para a salvação do corpo de Cristo. Que segurança goza cada eleito de Deus. Pensemos nisso. A pergunta é: Em que lado estamos? Estamos com os ímpios contra Cristo ou com Cristo em plena e bendita segurança? Reflita!

VI – CONCLUSÃO:

Cada não convertido é como os planejadores da morte de Cristo, que não passam de iludidos pelo pecado que desprezam a Vida e abraçam a morte. Mas Cristo com certeza salva o seu povo de todas as partes do mundo, tornando-o um só corpo. Qual o nosso caso. Somos como Caifás ou como Paulo e Pedro? Queremos matar a Cristo ou por Ele morremos, pois é nossa Vida? Queremos a Vida Eterna em Cristo ou amamos a morte do pecado? Qual o nosso caso?


Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!

*Pregação da noite de domingo, 20 de julho de 2014, na Congregação Batista Reformada em Belém.

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Leitura recomendada:

Humanismo - Dr. Lloyd-Jones.



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